Sobre os pintores impressionistas, podemos citar Monet, um dos principais e mais famosos repercussores do movimento. Pela sua característica inigualável de interpretar a realidade colocando-a em um contexto, criando uma nova visão, Cézanne certa vez falou que Monet era "meramente um olho, mas que olho!".
Oscar-Claude Monet nasceu em Paris em 1840. Ingressou na Académie Suisse e no estúdio Gleyre porque a postura mais livre era de maior interesse. Conheceu Eugène Boudin, o qual incentivou Monet a pintar sob a luz do sol e ao ar livre, procedimento que seria fundamental no desenvolvimento de sua técnica e estilo. Mais tarde, junto com Pierre-Auguste Renoir, Frédéric Bazille e Alfred Sisley, Monet desenvolveu a técnica de pintar o efeito das luzes com rápidas pinceladas, o que seria conhecido mais tarde como impressionismo.
O termo impressionista se deu quando Monet e seus amigos tiveram a iniciativa de montar a primeira exposição com a nova técnica. O evento não foi muito bem recebido e seus quadros foram ridicularizados, pois as pessoas ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura. Com uma crítica pejorativa ao quadro "Impressão, o nascer do sol", de Monet, os críticos passaram a chamar o grupo de “impressionistas”.
Monet encontrou várias dificuldades ao longo de sua carreira. É muito difícil um artista ser reconhecido, e ainda mais, enquanto ainda está vivo. Mas depois de viver na miséria, ter dois filhos, tentar suicídio, fugir para não se alistar na guerra, a vida dele estava pronta para prosperar.
Impressão: o nascer do sol
Em 1883, Monet mudou-se para Giverny, na Normandia (França), onde plantou um jardim para que pudesse pintar. Não demorou muito para comprar o terreno dos fundos da casa e pedir uma autorização para desviar um braço do rio Ru, que passava por perto, para formar um pequeno lago. Nessa época, Monet descobriu sua segunda paixão: a jardinagem. Criou flores, plantas aquáticas e providenciou a contrução de uma ponte japonesa, que o inspirou na série de nenúfares. Uma “série impressionista” é uma série de quadros, onde os objetos que se repetem não importam muito: a impressão de cada momento causada ao pintor, seja pela luz do sol, pelas sombras, reflexos ou vento, é o principal elemento transportado para as telas. Ele dizia que "o tema é uma coisa secundária; o que eu quero reproduzir é o que existe entre ele e eu". Por exemplo, a série que Monet pintou a fachada da catedral de Rouen, contém 18 telas retratando a igreja do mesmo ângulo.
Alguns quadros da série da catedral de Rouhen
No final de sua vida, Monet teve catarata, mas apesar da doença ele não parou de pintar. Usava em suas telas cores fortes como o vermelho-carne, vermelho goiaba, cor tijolo, entre outros vermelhos. Monet morreu aos 86 anos e está enterrado no jardim de sua propriedade.
Infelizmente, é meio difícil para nós, habitantes deste país chamado Brasil, vermos alguma obra original do Monet. Em 1997, o Masp realizou uma exposição em homenagem a este grande pintor. A exposição trazia 23 telas e também passou uma temporada no Rio de Janeiro. Em tempos, também ocorre alguma exposição impressionista nos museus e não é muito difícil encontrar alguma obra do Monet entre o acervo.
Até pouco tempo, o maior acervo do Monet fora da França, que é o do Museum of Fine Arts de Boston, estava viajando pelo mundo. Essa era a minha esperança de ter novamente Monet no Brasil, mas é lógico que não temos tanta sorte assim. Agora, só nos resta esperar e ver se alguma alma caridosa não promove outra exposição por aqui.
7 comentários:
Olá Helena, realmente foi bom termos o Monet aqui no Brasil, mas temos que ser mais esperançosos e desejar ver outros artista como o Manet(já pensou?), Sisley ou o máximo de pretensão uma exposição do Caillebotte. Imagina o sucesso e a surpresa que causaria aqui no Brasil onde os impressionistas e pós-impresionistas são onhecidos apenas por poucos pintores.
Parabens Helena!
seu blog tá maneraaço!
A gente consegue saber bastante sobre Monnet e tal...
muito interessante =)
Sucesso aí no blog!
beijao =*
ching san, realmente seria incrível uma exposição de Manet, Renoir, Gauguin ou outro por aqui. Mas tem hora que meu fascínio por Monet fala mais alto, como foi quando escrevi esse texto =)
Gostei muito do texto, pois nunca me canso de ler acerca do Impressionismo. Ainda mais sobre Monet. Um abraço
Conheço muito do trabalho de Monet - é um grande ensinamento.
Conheço e aprecio com muito respeito seu trabalho.
olá! no museu oscar niemeyer, em curitiba está tendo uma exposição com obras de Monet, Van Gogh, Renoir, e diversos outros... quem é daqui, vale a pena conferir... E no mesmo museu tbm há uma exposição com obras do Portinari. Fica a dica.
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