quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Fergie e a consciencia social

Esta notícia tive de reproduzir, porque vemos a “consciência social” das pessoas de renda alta. Escutava muito isso quando fazia cursinho, mas as pessoas não entendem o que é não ter oportunidade na vida, acham que uma pessoa que vive na favela por exemplo tem condições claras e objetivas de ascensão social, óbvio que o meio nunca é determinante mais que exercer uma grande influencia sobre os indivíduos não tenha dúvida, e complementando, é evidente que alguns conseguem sair deste meio com dignidade, porém o número é muito menor do que seria minimamente aceitável. As pessoas carentes, mas do que a violência física, sofrem de outra tão cruel quanto que é a moral.

Acho a Fergie muito gostosa, se é inteligente não sei, e também com um corpo e peitão desses... hã, mas retomando o raciocínio, o que ela falou não é nada de novo, ao menos ela tornou público seu real pensamento, que é o mesmo de muitas pessoas da elite pelas pessoas carentes, pois por trás dos valores morais, escondemos nossos maiores preconceitos. Quem observa de fora não tem a mínima idéia do que se realmente pensa por trás dos discursos burgueses, nas políticas e, sobretudo, na cabeça destas pessoas. Engana-se quem pensa que o mundo real quem detém o poder são os poderes visíveis e as leis escritas. O mais importante não é dito, nem escrito e nem contabilizado.

A matéria foi publicada na Revista Isto É de 26/12/07

A cantora Fergie se comparou a princesa Diana numa entrevista a revista americana Blender. “Sou como Lady Di, a princesa do povo. E sou um pouco mais humana que outros artistas porque não tenho medo de mostrar minhas falhas”. É antigo o desejo da cantora de ser coroada pelo povo e, segundo a própria assessoria, ela participa de projetos sociais para mudar a sua imagem diante do público que muitas vezes a julga “oportunista”. As tentativas, no entanto, muitas vezes pioram ainda mais as coisas.

Fergie é extremamente atrapalhada com as palavras. Em seu último programa social com menores necessitados do Brooklyn, dando aulas de estética visual para meninas, ela disse: “Não é porque essas meninas são sem futuro que elas precisam andar mal vestidas. Têm de aprender desde cedo que o importante é mostrar no look alguma rebeldia e liberdade de escolha, não importa se é com uma blusa de mil dólares ou um saco de farinha reciclado”. A imprensa americana fez duras críticas à cantora e lhe deu um novo adjetivo: fútil.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Nacho Libre

Eu sou fã de luta livre... e sou fã de Jack Black (Veja o clipe Low do Foo Fighters)... os dois elementos juntos em um filme só poderia proporcionar boas risadas....

Nesta hilariante comédia Ignácio (Jack Black) é o cozinheiro de um monastério que resolve tentar a carreira de luta livre, de dia ele alimenta as crianças e de noite ele se veste como um super-herói. Apesar de servir humildemente a Deus, o jovem e inquieto monge sofre por não poder ajudar mais as crianças do convento, que vivem se alimentando de migalhas doadas à instituição, e por ter sido castrado de seu grande sonho de infância, tornar-se um importante “luchador” do esporte mais adorado em todo o México, a luta livre.

Para ajudar os órfãos a comerem melhor, sem revelar sua identidade, ele adota o codinome Nacho, usa uma máscara improvisada e roupa colante. Decide, então, entrar numa competição que oferece prêmios em dinheiro.

Usando um disfarce em um bico, ele é expulso pela igreja que cuida do orfanato. Quando ele vence um famoso lutador do México chamado Luchador e distribui o seu dinheiro para os orfanatos, ele acaba tornando-se um herói local.

Nesse meio tempo aparece em seu caminho uma bela freira que desperta uma paixão proibida, chega a inventar até uma música para ela, na qual a letra diz que... é sei lá... veja e tire suas próprias conclusões, pois pode ser impróprio para o horário...

Os méritos para o sucesso do filme são diversos, fazendo você dá risada do inicio ao fim. A começar pelo excelente roteiro; um humor fortemente anárquico através de cenários e figurinos multicoloridos que deu uma cara cartunesca ao filme, além de personagens e lutas hiper bizarras que permeiam os melhores momentos da obra. Finalmente temos as atuações de Jack Black e Héctor Jiménez que de inimigos passam a companheiros de luta, formando uma “imbatível” dupla. Black com sua “exuberante” barriga e Jiménez com sua força descomunal.

Nacho Libre é uma homenagem e também uma sátira a um esporte que é essencialmente engraçado e performático, a Luta Livre brow!!!. O esporte teve grande popularidade e relevância no Brasil até a década de 80, quando o popular programa Telecatch ainda era exibido semanalmente em canais de televisão como Rede Manchete e SBT, hoje quem gosta do esporte acompanha via Youtube, ou pelo canal FX, ou ainda pelos games que são lançados anualmente... no entanto, o SBT recentemente adquiriu os direitos de transmissão de WWF (a luta livre americana) e prometia estreá-lo dia 15 de dezembro, depois como é característica da emissora, adiou para janeiro a estréia... agora é esperar...

O filme estreou no Telecine Premium, acho q fica em cartaz o mês inteiro, assista porque é muito engraçado.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

GREVE DOS ROTEIRISTAS: EPISÓDIOS INÉDITOS DAS SÉRIES ESTÃO CHEGANDO AO FIM

A greve dos roteiristas americanos chega a quase um mês e meio de duração e segue fazendo estragos na programação das emissoras americanas. A maioria das séries só tem mais um ou dois episódios inéditos para exibir e depois sabe-se lá quando volta ao ar. Porque, mesmo com um desejado fim da greve, vai levar semanas até que os estúdios tenham prontos novos episódios...

Veja abaixo a situação atual de vários seriados na TV americana:- "24 Horas" - O sétimo dia de cão de Jack Bauer pode ter seus primeiros 12 episódios indo ao ar no começo do ano que vem, e o restante ficaria para o outono americano a partir de setembro. -

"30 Rock" - O único episódio inédito da segunda temporada, o décimo, vai ao ar em 10 de janeiro.-

"Desperate Housewives" - O décimo episódio do quarto ano é o único inédito, e deve ser exibido nos EUA em janeiro.-

"CSI" - Só há mais dois episódios inéditos, ainda sem data certa para exibição.-

"Family Guy" - Em janeiro, a Fox americana optou por alternar episódios inéditos e reprises.-

"Grey's Anatomy" - Só há mais um episódio inédito da quarta temporada (o 11º), que vai ao ar em 3 de janeiro.-

"House" - Os três únicos episódios novos da série do doutor enxaqueca só deverão ser exibidos no ano que vem - e um deles irá passar na TV americana logo após do Super Bowl, a final do campeonato profissional de futebol americano. No total, 12 episódios foram produzidos.-

"The Office" - A quarta temporada da série parou no oitavo episódio. -

"Supernatural" - O último e pisódio inédito vai ao ar em 17 de janeiro nos EUA.-

"Private Practice" - O spin-off (série que deriva de outra) de "Grey's Anatomy" centrado na nova vida da doutora Addison teve apenas nove episódios exibidos.-

"Pushing Daisies" - O último episódio inédito é o nono, e foi exibido na semana passada.-

"Samantha Who?" - A série só volta em janeiro, e tem mais três novos episódios , somando 12 episódios.-

"Os Simpsons" - O número de episódios inéditos é o suficiente para compôr uma temporada completa.-

"Ugly Betty" - A segunda temporada da série ainda tem três episódios inéditos, totalizando 13 episódios.-

"CSI:NY" - Tem mais três episódios inéditos, que devem ir ao ar em janeiro.-

"My Name is Earl" - O último episódio inédito vai ao ar em 10 de janeiro.-

"Scrubs" - A série terá seu último episódio pré-greve exibido em 7 de fevereiro. Para amenizar o impacto dos tempos de "vacas magras", as emissoras americanas têm ao seu favor as previsões de estréias de algumas novidades e as de temporadas de atrações já conhecidas do público: -

"Cashmere Mafia" - Misto de drama e comédia protagonizada por Lucy Liu, a série tem sete episódios e deverá estrear no começo do ano.-

"Jericho" - A segunda temporada volta à TV americana em fevereiro e terá sete episódios.-
"Law & Order" - A série policial começa sua 18ª (!) temporada no dia 2 de janeiro.-

"Lipstick Jungle" - Estrelada por Brooke Shields e Kim Raver (a Audrey de "24 Horas"), será lançada na TV americana dia 7 de fevereiro.-

"Lost" - A quarta temporada da trama de Jack e companhia estréia no dia 31 de janeiro nos EUA, e pode ter apenas oito episódios caso a greve se prolongue.-

"Medium" - A quarta temporada começa nos Estados Unidos dia 7 de janeiro, e tem nove episódios já prontos.-

"The New Adventures of Old Christine" - Em 28 de janeiro começa a terceira temporada, que tem pelo menos oito episódios produzidos.-
"Terminator: The Sarah Connor Chronicles" - A primeira temporada da atração inspirada na heroína dos filmes da série "O Exterminador do Futuro" tem 13 episódios completos, e chega às telinhas dos EUA dia 13 de janeiro.



Fonte: Séries Etc.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Radiohead pára com o download

Depois do dia 10, disco In Rainbows, oferecido pela banda de graça na internet, só será distribuido oficialmente em CD

A banda inglesa Radiohead anunciou nesta quarta-feira, 5, que vai encerrar o serviço de download do seu disco mais recente, In Rainbows. O último dia para os internautas darem seu preço pelo disco, ou até baixá-lo de graça, é segunda-feira, 10.

O serviço estava disponível desde outubro.O grupo também anunciou que vai parar de produzir a edição especial de In Rainbows, que vinha com dois vinis e um livro, vendida por oitenta libras (mais de R$ 300).


O estoque restante está à venda na loja virtual da banda.Quem perder a oportunidade de baixar legalmente o álbum, só poderá adquirir o disco quando ele for lançado em CD, em 31 de dezembro.

Fonte: Rolling Stone

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Turn My Way - E o imediatismo da vida moderna

My Way - New Order
Take my hand
And don't let go
Trust this man
And let it flow

Don't take me down
Cause I'm not done
Don't steal my crown
Before it's won
The wide expanse
The wheel of chance
Will turn my way
The sky will not be gray
I don't wanna be like other people are
Don't wanna own a key, don't wanna wash my car
Don't wanna have to work like other people do
I want it to be free, I want it to be true

Take my hand
And don't let go
Trust this man
And let it flow

I drank in every bar in town
I filled my cup when I was down
I saw the things I wanted to see
Became the man I wanted to be
But then somehow I lost my way
I've got to get back there today

I don't wanna be like other people are
Don't wanna own a key, don't wanna wash my car
Don't wanna have to work like other people do
I want it to be free,
I want it to be true (3X)

I don't wanna be like other people are
Don't wanna own a key,
Don't wanna wash my
lie awake at night, or wait until it's light
I want it to be free,
I thought that I was right

Tought that I was right
Tought that I was right
Tought that I was right
Tought that I was right
Tought that I was right

Com o imenso imediatismo da vida moderna, muitas vezes nos esquecemos de dar valor as coisas que são realmente importantes, e isto ocorre em praticamente em todas as esferas de nossa vida social. Pensando nisto, lembro que dias atrás, vai, to mentindo cerca de uns três meses atrás, cheguei da faculdade bastante cansado, estressado com a rotina massacrante de ter de ler um número expressivo de textos em um período curto de tempo. Em casa, liguei o pc e cliquei no Media Player, escolhendo todas as músicas que tinha e deixando de modo aleatório. Deitei na cama ficando a escutar várias musicas aleatoriamente, estava quase dormindo até que toca uma música bem construída, com um andamento fantástico e praticamente desconhecida, logo me levantei e fui ver que música era.

A musica como podemos observar acima era Turn My Way do New Order e faz parte do álbum Get Ready. O mais interessante é que eu tinha esta música há tempos e nunca a havia escutado, pelo menos não com a atenção de agora. Neste sentido fiquei depois me perguntando sobre outros tantos álbuns que escutei e não dei a devida atenção, às vezes chegando ao absurdo de avaliá-lo como ruim sem ao menos tê-lo escutado inteiro uma única vez. A condenação precede o julgamento, pois o que está em jogo não é a apuração ou a “verdade”, mas a consolidação e a universalização de uma visão prévia que se espera tornar geral e aceita. Logo então para escrever este post refleti que este deve ser também uma das razoes de os tradicionais Vinis ainda serem hoje tão cultuados. Ouvimos muita coisa e muita coisa ruim e não mais paramos para sentir de fato a mensagem de uma música, filme, livro, queremos sempre tudo para ontem. Com a Internet se por um lado nos proporcionou acesso a inúmeras bandas surgirem por outro não existe mais um filtro, que seleciona aqueles que realmente são bons dos ruins.

A música é um veículo privilegiado de expressão, criação e reflexão sobre valores e idéias de uma sociedade, e devemos elucidar que a natureza de suas produções e suas influências ajudam a modelar o caráter e a direção da cultura norte-americana – e não somente ela. O rock infelizmente hoje perdeu a aura de estranhamento e desajuste com o meio social, não é mais um símbolo de resistência contra aos rumos da nossa sociedade, que cada vez mais se fragmenta, esvaziando de sentido os laços de humanidade.

Problematizar a realidade social vivida, como a música faz de modo brilhante, por essência, é uma forma de intervenção no mundo, uma tomada de posição, uma decisão, por vezes, até uma ruptura com o passado e o presente. O discurso que nos é dado ver é o da mídia nos alimentando com uma imagem de avanço e progresso, contudo, parece que não se anda levando em consideração o que realmente o ser humano procura ou busca, difícil encontrar um propósito para vida, parecem que os roqueiros de hoje esqueceram o que faz do rock, rock. Discutindo com um colega certo dia nos questionamos qual foi o último cara que você viu quebrar uma guitarra no palco?

Em uma análise sociológica, você não pode apenas tentar se pôr no lugar daquele que está falando e deste modo pensar ver toda a complexidade do espaço social a partir apenas deste ponto de vista. Não basta conhecer os fatos sociais formalmente, é preciso entender as relações que regem determinada conjuntura, devemos ir para além das aparências. A mais cruel camuflagem para a violência dos códigos é o hábito. Não é à toa que o pensamento mais conservador é defensor do ‘respeito às regras’, ou seja, a contratos que regem direitos, que muitas vezes são para poucos. Supõe que não haja alternativas, é necessário entender a conjuntura histórica / tensão permanente, estranhamento e fascínio e sensação de inquietação.
Praticamente tudo atualmente é configurado num clima de rendição ideológica, com as pessoas se esquivando das responsabilidades pela miséria, pela violência, pelas guerras, pois transformar é agir contra uma lógica de mundo que, no fundo, é desejada pelas pessoas, ou isto não é verdade? Quem observa o faz sempre de um certo ponto de vista, o que não situa o observador em erro. Muito difícil encontrar um saída para alem das estruturas estabelecidas. O erro na verdade não é ter um certo ponto de vista, mas absolutizá-lo e desconhecer que, mesmo do acerto de seu ponto de vista, é possível que a razão ética nem sempre esteja com ele. Não devemos estar sempre demasiado convicto de nossas certezas.
Condenam-se esta prática e seus agentes, antes de se tentar entender o que acontece com as pessoas, inseridos em um contexto de perda de valores, de frustrações, de falta de expectativas, de violência. Daí a crítica permanente presente à crueldade do sistema capitalista, ao cinismo de sua ideologia fatalista e a sua recusa inflexível ao sonho e a utopia, hoje a vida humana praticamente não tem um propósito, algo que a música a todo momento nos faz refletir, será que realmente estou afim de seguir as normas que nossa sociedade nos obriga a cumprir?

É importante ressaltar ainda que musicas não são teses, e sim obras artísticas; portanto, seu significado não só é aberto como sujeito a diferentes interpretações em circunstâncias e pontos de vista não necessariamente excludentes.

Um dos impulsos mais freqüentes das praticas sociais é a naturalização. Sua tendência é de apresentarem os fatos sociais como eternos, imutáveis, distantes e obrigatórios. Deste modo, o meio social muitas vezes nos ofusca a capacidade de refletir, de sonhar, de acreditar na capacidade de mudança. Contudo, devemos pensar que todos os modelos de organização das sociedades foram construções sociais, podemos ter esperança, pois tudo que foi socialmente construído, também pode ser desconstruído.

Nossas ações individuais são limitadas, apenas atuando em conjunto, ou estando em uma posição dominante, é possível mudar as realidades, contudo, nunca devemos desconsiderar a capacidade de resistência dos agentes. Por isso é interessante observar na letra quando ele fala que não quer fazer o que outras pessoas fazem, não quer ter de lavar o carro, ter suas próprias chaves, não quer ter de trabalhar, algo totalmente utópico nos dias de hoje.

Deste modo, nesta música o New Order soube exprimir ao mesmo tempo com simplicidade e profundidade, além do seu sentimento pessoal, todo o sentimento de sua época. Condensou tanto as idéias e as emoções do homem comum de forma simples e cheia de significados, como não ouvia há muito tempo.

Concluindo, os fatos sociais nunca são simples, pelo contrário, são sempre complexos e muitas vezes contraditórios. Um determinado valor vai sendo confirmado por determinadas regras, e existem sempre múltiplos agentes envolvidos no envolvimento na estrutura dos fatos. A violência simbólica, assim, é a aceitação dos princípios de percepção, classificação e hierarquização dos dominantes pelos dominados, camuflando e naturalizando a dominação. Os dominados passam a atuar de acordo com estes princípios, colaborando-os e reforçando-os na sua tentativa de se encaixar neles. Por outro lado, caso tentem desvencilhar-se deles, podem reforçar sua condição subalterna. Sendo assim apesar de tentarmos muitas vezes fugir destas estruturas de nossa sociedade, muitas vezes acabamos simplesmente por reproduzi-las.

O propósito da musica é nos conduzir a pensar sobre as relações sociais existentes. O silêncio ao qual estamos habituados sobre esses fatos ilude a ponto de supor que não existem ou que não possuímos responsabilidade sobre eles; assim, equivocadamente, passa-se a acreditar que são valores permanentes aos seres humanos. Deste modo, nega-se a debatê-los e eles se tornam um assunto deixado de lado, quando deveriam ser combatidos. Apesar das estruturas sociais serem complexas, rígidas e desiguais, nunca são perpetuas, uma prática pode ser abandonada pelos agentes, além disso, o agente sempre possui alguma liberdade, podendo transformar a realidade.

Os mecanismos narrativos carregados de estranhamento, na forma de reação do compositor (não quero ter de trabalhar...) e a conseqüente reação do meio externo (então você vai morrer de fome), dão pistas de outras instancias significativas pelas quais o ouvinte tropeça e acaba questionando a si mesmo, compreendendo não apenas o dado pela letra d musica, mas relacionando com sua própria condição no mundo real. Fazendo uma analogia, recentemente vendo um episódio dos Simpsons, o Homer faz a seguinte indagação a Marge: “É assim que você imaginava sua vida quando casado?”. Querendo dizer que todos temos muitos sonhos mas quem na realidade realiza ao menos parte dele?

A crítica de Turn My Way permanece atual sendo inevitável a comparação com a realidade presente. Grande Música.